As doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas por substâncias que não fazem parte da composição da água, encontrando-se aí acidentalmente, como, por exemplo, a contaminação por chumbo, cianetos, mercúrio, defensivos agrícolas, trihalometanos, etc.
Pode ser também causadas por micróbios patogênicos como os vírus, bactérias, protozoários, fungos e helmintos, que são alheios à fauna e flora naturais da água e que causam doenças infecciosas, direta ou indiretamente, como por exemplo febre tifóide, cólera, amebíase, shigelose ou disenteria bacilar, hepatite infecciosa, leptospirose, giardíase; dengue, febre amarela, malária, filariose; ancilostomíase, ascaridíase, salmonelose, escabiose, pediculose, tracoma, conjuntivite; esquistossomose, etc. Por isso, é de extrema importância que a água que consumimos seja tratada e processada.
DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS
AMEBÍASE
O que é?
A amebíase é uma infecção que se localiza no intestino grosso do homem, causada pelo parasita unicelular Entamoeba. O Entamoeba quando causa diarréia é também chamado de Ameba. Esse parasita, que só pode ser visto com o auxílio de microscópio, apresenta duas denominações: a Entamoeba histolitica, que é bastante prejudicial à saúde do homem e, portanto, precisa ser eliminada, e a Entamoeba Coli. Além dos intestinos, as amebas podem causar infecções em outros órgãos, como o fígado, por exemplo, onde há maior incidência.
Forma de contaminação:
- Por água contaminada quando uma pessoa defeca próximo a um córrego ou lago;
- Moscas e baratas, ao se alimentar de fezes de pessoas infectadas, também transmitem a parasitose a outras pessoas, defecando sobre os alimentos ou utensílios;
- Através do contato com fezes infectadas;
- Por contacto sexual, particularmente entre homossexuais masculinos;
- Onde há más condições sanitárias;
- Quando as frutas e verduras crescem em terra fertilizada com adubo humano ou são lavadas com água contaminada ou são preparadas por alguém que está infectado. Nas verduras as amebas podem ficar agarradas durante três semanas, mesmo expostas à chuva, ao frio e ao calor.
Sintomas:
Se localizada no intestino:
- Diarréia e obstipação intermitentes, numa maior quantidade de gás (flatulência);
- Dores abdominais;
- Emagrecimento (emaciação) e anemia
- Febre baixa;
- Presença de sangue nas fezes.
Se localizada no fígado:
- Calafrios;
- Dor ou mal--estar na zona que se encontra acima do fígado;
- Febre intermitente;
- Fraqueza;
- Icterícia (ligeiramente);
- Náuseas;
- Perda de peso;
- Suores;
- Vômitos.
Em certos casos, o parasita dissemina-se através da corrente sanguínea, causando infecção nos pulmões, no cérebro e noutros órgãos. A pele também é, por vezes, infectada, especialmente em torno das nádegas e nos órgãos genitais, da mesma forma que as feridas causadas por cirurgia ou por lesões.
É importante lembrar que a ameba, assim como outros parasitas, só é confirmada por meio de exame de fezes.
Como evitar?
- Lavar os alimentos e verduras com água corrente;
- Cuidados higiênicos como lavar as mãos antes das refeições e após o uso do banheiro;
- Proteger os alimentos contra moscas e baratas.
ESQUISTOSSOMOSE
O que é?
A esquistossomose é uma doença transmissível, causada por um verme pequeno, conhecido como Schistosoma mansoni, que tem a água como meio de transmissão e que ao atingir a fase adulta vive nos vasos sangüíneos do homem. No Brasil, o agente causador da esquistossomose é o Schistosoma mansoni. Os vermes adultos vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de comprimento por 0,44 mm de diâmetro. A esquistossomose é também conhecida como xistosa, doença do caramujo, barriga dágua, esquistossomose, xistosomose e bilharzíose.
Forma de contaminação:
O contágio se dá através do contato direto com água onde há larvas provenientes de caramujos.
Sintomas:
A Esquistossomose é uma doença assintomática, ou seja, normalmente não apresenta sintomas, mas quando apresenta uma fase aguda e outra crônica.
Fase aguda → Geralmente só é percebida em pessoas de área não endêmica e depende do número de cercárias infectantes. Inicialmente, surge uma coceira e vermelhidão no local de penetração da cercária. Pode apresentar febre, suor frio, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, perda de apetite, emagrecimento, tosse, dores de barriga. Algumas pessoas relatam enjôos e vômitos. O fígado fica um pouco aumentado e doloroso a palpação.
Fase crônica → A fase crônica apresenta sob formas a saber:
Intestinal: nessa fase a diarréia é o sintoma mais comum. Pode acontecer perda de apetite, cansaço e barriga dolorosa a palpação.
Hepato-intestinal: nessa fase os sintomas são os mesmos anteriores, porém mais acentuados. O fígado apresenta aumento de volume.
Hepato-esplênica: Essa fase apresenta esse nome devido a lesões no fígado e baço. Indivíduo queixa-se de tumor na barriga, já que o fígado e baço estão muito aumentado de volume. A lesão no fígado leva o aparecimento de varizes no esôfago, vômitos com sangue nas fezes. Pode ocorrer aumento do tamanho da barriga, com presença de líquido (barriga d'água). Esta forma aparece nas áreas com mais casos no Brasil, Nordeste e Minas Gerais.
Como evitar?
- Saneamento ambiental com rede de abastecimento de água e coleta de esgotos;
- Tratamento dos casos diagnosticados;
- Educação em saúde, que devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvam as ações de controle da doença;
- Tratamento das coleções hídricas com caramujos contaminados pelo verme.
ASCARIDÍASE (LOMBRIGAS)
O que é?
A ascaridíase ou ascaríase é uma parasitose geralmente benigna causada pelo verme nemátode Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga. A reprodução é sexuada, sendo a fêmea (com até 40cm de comprimento) bastante maior que o macho, e com o diâmetro de um lápis.
Forma de contaminação:
A infecção ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes em água ou alimentos, principalmente verduras. As larvas são liberadas no intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea através da parede do intestino. Infectam o fígado, onde crescem durante menos de uma semana e entram nos vasos sanguíneos novamente, passando pelo coração e seguem para os pulmões. Nos pulmões invadem os alvéolos, e crescem mais com os nutrientes e oxigênio abundantes nesse órgão bem irrigado.
Quando crescem demasiados para os alvéolos, as larvas saem dos pulmões e sobem pelos brônquios chegando à faringe onde são maioritariamente deglutidas pelo tubo digestivo, passando pelo estômago, atingem o intestino delgado onde completam o desenvolvimento, tornando-se adultos.Apesar de haverem alguns casos em que são expectoradas saindo pela boca. A forma adulta vive aproximadamente dois anos. Durante esse período, ocorre a cópula e a liberação de ovos que são excretados com as fezes.
Sintomas:
Normalmente a ascaridíase não apresenta sintomas, mas podem ocorrer:
- Dores abdominais
- Náuseas
- Vômitos
- Aumento dos sons intestinais
- Falta de apetite
- Palidez
- Emagrecimento.
Uma forma de realizar a prevenção da Ascaridíase é através de:
- Educação sanitária;
- Saneamento básico, com ênfase para o destino adequado das fezes humanas;
- Tratamento da água usada para consumo humano;
- Cuidados higiénicos no preparo dos alimentos (particularmente de verduras);
- Higiene pessoal;
- Combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem veicular os ovos;
- Tratamento das pessoas parasitadas;
- Remedios indicados por médicos.
GIARDÍASE
O que é?
Giardiose ou giardíase é a parasitose intestinal provocada pelo protozoário Giardia lamblia ou giárdia, que se apresenta sob duas formas: a de trofozoíto, piriforme, com disco suctorial, dois núcleos e oito flagelos, que vive no intestino delgado humano, e a de cisto, ovóide, tetranucleado, eliminado aos milhões com as fezes, contaminando a água e os alimentos.
Forma de contaminação:
As giárdias infectam indistintamente seres humanos, cães, gatos e gado. A transmissão pode ser de um animal para outro da mesma espécie ou de espécies diferentes. São geralmente necessários cerca de 20 cistos ingeridos para se estabelecer a infecção. O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Giárdia Lamblya.
Sintomas:
A Giardíase é na maioria dos casos assintomática (50% dos casos), porém pode haver:
- Esteatorreia (espécie de diarreia gordurosa de mau odor em que as fezes ficam coladas à louça da sanita);
- Diarréia aquosa sem sangue;
- Má absorção de algumas vitaminas lipossolúveis;
- Dor abdominal;
- Náuseas;
- Vômitos.
A infecção é adquirida com extrema facilidade, sobretudo pelas crianças. Para tanto, devem-se seguir as mesmas recomendações para a prevenção da amebíase.
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
HEPATITE Tipo A
O que é?
A Hepatite tipo A é uma inflamação do fígado causada por vírus.
Como adquire a doença?
A transmissão pode ocorrer através da água contaminada. A Hepatite viral ocorre via fecal-oral, ou seja, as fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições sanitárias insatisfatórias. A transmissão poderá ocorrer também pela transfusão de sangue, duas a três semanas antes e alguns dias após a icterícia. É uma doença endêmica no nosso meio.
Sintomas:
Os sintomas da hepatite são semelhantes ao da gripe, podendo também ocorrer outros como:
- Febre
- Dores articulares (nas juntas)
- Dor de cabeça
- Náuseas (enjôo)
- Vômitos
- Falta de apetite e de forças
- Coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia)
- Urina escura
- Fezes claras
- Pode ocorrer aumento do tamanho do fígado, com dor quando se palpa a região abaixo das costelas do lado direito.
Como evitar?
Uma forma de evitar a Hepatite tipo A é adotar as seguintes medidas profiláticas:
- Higienização dos alimentos;
- Tratamento da água – os vírus “A” resistem aos métodos de cloração da água, porém a água fervida durante 10 a 15 minutos os inativa;
- Isolamento do doente – após aparecer a icterícia, a transmissão do vírus “A” pelas fezes ocorre na primeira semana e, pelo sangue, nos primeiros dias;
- Destino adequado dos dejetos humanos;
- Uso de seringa descartável;
- Uso adequado de sangue e derivados.
POLIOMIELITE
A Poliomielite, ou paralisia infantil, geralmente chamada de pólio, é uma infecção altamente contagiosa causada pelo póliovirus. Em uma porcentagem pequena de pessoas infectadas, o vírus ataca as células nervosas no cérebro e na espinha dorsal, particularmente as células nervosas da espinha dorsal que controlam os músculos envolvidos nos movimentos voluntários como caminhar. A destruição destes neurônios causa paralisia permanente em um em cada 200 casos.
Forma de contágio:
A infecção é transmitida por contato direto com partículas do vírus que são eliminadas pela garganta ou pelas fezes. A entrada do vírus no corpo se dá através da boca quando a pessoa bebe água ou ingere alimentos contaminados. Em seguida o vírus entra na corrente sangüínea e infecta os órgãos sendo os mais atingidos: fígado, o coração e o sistema nervoso incluindo o cérebro onde os neurônios podem ser destruídos resultando assim a paralisia que é mais freqüente nos membros inferiores.
Sintomas:
Os sintomas da poliomelite são parecidos com as de outras doenças virais e podem ser muito parecidas com as infecções respiratórias. A pessoa tem febre e dor de garganta, dor no corpo ou problemas gastrointestinais como náuseas, vômitos e dor abdominal.
Como evitar?
A prevenção da poliomielite começa pouco depois do nascimento de uma criança. O bebê precisa tomar as primeiras doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses. Mesmo tendo tomado as doses regulares, os especialistas recomendam o reforço da vacinação em todas as crianças menores de cinco anos durante as campanhas.
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
CÓLERA
O que é?
A cólera (ou cólera asiática) é uma infecção intestinal aguda causada pela bactéria Vibrio cholerae, uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa.
Forma de transmissão:
A bactéria Vibrio cholerae é transmitida principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados (transmissão fecal-oral). Se conseguir vencer a acidez do estômago, alcança o intestino delgado onde o meio é alcalino, multiplica-se intensamente, principalmente em duodeno e jejuno, e produz a enterotoxina que pode causar diarréia.
Uma pessoa infectada elimina o V. cholerae nas fezes por, em média, 7 a 14 dias. A água e os alimentos podem ser contaminados, principalmente, por fezes de pessoas infectadas, com ou sem sintomas. A propagação direta de uma pessoa para outra é pouco importante, uma vez que é necessária uma grande quantidade de bactérias para produzir infecção (acima de 1000/ml em alimentos e de 100000/ml na água). Em alimentos, a bactéria pode sobreviver por até cinco dias na temperatura ambiente (15 a 40 °C), ou por até dez dias entre 5 e 10 °C. É resistente ao congelamento, embora a sua multiplicação fique mais lenta.
Sintomas:
Na maioria das vezes, a infecção é assintomática (mais de 90% das pessoas) ou produz diarréia de pequena intensidade, podem ocorrer vômitos. Em algumas pessoas (menos de 10%), a cólera pode evoluir de forma mais grave, com início súbito de uma diarréia aquosa profusa, geralmente sem muco, pus ou sangue e, com freqüência, acompanhada de vômitos. Pode ocorrer perda rápida de líquidos (até 1 a 2 litros por hora) e eletrólitos, levando a desidratação acentuada.
Em razão disso, há sede intensa, perda de peso, prostração, diminuição do turgor da pele e os olhos ficam encovados. Há desequilíbrio hidroeletrolítico, o que pode ocasionar cãibras musculares e, em crianças, a hipoglicemia pode levar a convulsões e redução do nível de consciência. Sem tratamento adequado ocorre diminuição da pressão sangüínea, funcionamento inadequado dos rins, diminuição do volume urinário até a anúria total, coma e evolução para a morte em três a quatro horas. Raramente, pode haver concomitância de febre alta (cólera "tifóide") e a perda de líquidos pode não ser evidente (cólera "seca"), uma vez que a desidratação pode se dar por retenção de líquidos no intestino.
O óbito pode acontecer em até 50% das formas graves não tratadas, número que cai para menos de 2% com hidratação adequada.
Como evitar?
- Controle da qualidade da água;
- Destino adequado das fezes;
- Adoção de bons hábitos de higiene e de educação sanitária;
- Adoção de saneamento básico;
- Melhoria do estado nutricional.
LEPTOSPIROSE
O que é?
A leptospirose, também chamada de Mal de Weil ou Síndrome de Weil em seu quadro mais severo, é uma doença bacteriana que afeta seres humanos e animais e que pode ser fatal. A doença é causada por uma bactéria do tipo Leptospira.
Forma de transmissão:
A infecção nos seres humanos é freqüentemente causada por água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais infectados (bovinos, suínos, eqüinos, cães, roedores e animais selvagens) que são ingeridos ou entram em contato com membranas mucosas ou com fissuras ou rachaduras da pele. A infecção é mais comum em áreas rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, quando alguns dos animais mencionados entram em contato com alimentos armazenados em depósitos não devidamente isolados.
Tem havido casos de pessoas que contraíram a doença e morreram por beberem liquídos (e só foi descoberto após a sua morte) de latas que se encontravam contaminadas com esta bactéria devido à urina dos ratos que se encontram nos armazéns das fábricas e dos supermercados. Os médicos recomendam a lavagem de latas e outras embalagens com água e sabão.
A água contaminada por urina de ratos é a principal causa da doença, cuja incidência aumenta com chuvas fortes e enchentes. Apresenta maior perigo em águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem esgotamento sanitário.
Sintomas:
Nos seres humanos a Leptospirose causa ampla gama de sintomas, mas algumas pessoas infectadas podem ser assintomáticas, isto é, não apresentam sintoma algum. Sintomas da doença podem incluir :
- Febre alta;
- Fortes cefaléias;
- Calafrios;
- Dores musculares;
- Vômitos;
- Icterícia;
- Olhos congestionados;
- Dor abdominal
- Diarréia ou coceira.
- Complicações incluem falência renal, meningite, falência hepática e deficiência respiratória, o que caracteriza a forma mais grave da doença, conhecida como doença de Weil ou síndrome de Weil. Em casos raros ocorre a morte.
Como evitar?
- Evitar o contato com água, ou lama de enchentes;
- Impedir que as crianças que gostam de andar nas águas da chuva, brinquem em águas de enchentes ou córregos;
- usar Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s como botas, luvas de borracha, durante o trabalho de limpeza e desentupimento de esgotos, manilha, etc.
- Armazenar o lixo em recipiente bem fechado e em locais elevados do solo para que não sirva de fonte de alimentos para os ratos. O ideal é colocar o lixo na rua para a coleta pública pouco antes do caminhão de lixo passar e jamais jogar em córregos bueiros ou na rua.
FEBRE TIFÓIDE
O que é?
A febre tifóide é uma doença contagiosa causada pela bactéria Salmonella typhi. A doença é exclusiva do ser humano,ou seja, só o ser humano pode adquirila. É sempre transmitida via oral-fecal, ou seja pela contaminação por fezes de alimentos ou objectos levados à boca.
Forma de transmissão:
É transmitida através da ingestão de alimentos ou água contaminados, o mais comum, ou então pelo contacto direto com os portadores, através de um beijo por exemplo. Seja qual for a origem a única porta para a sua entrada é a via digestiva.
Do momento em que a pessoa adquire a infecção até o aparecimento dos primeiros sintomas, decorrem de cinco a 23 dias (período de incubação). A fonte de infecção é o doente, desde o instante em que ingeriu os bacilos até muitos anos depois, já que os bacilos persistem em suas fezes.
Sintomas:
Os primeiros sintomas, aumentando ao longo da primeira semana, são febre de cerca 40ºC, dores de cabeça, fadiga, bradicardia, e agitação durante o sono. Podem aparecer manchas rosas na pele. Após cerca de 3 semanas, o enfermo pode apresentar falta de apetite (anorexia), hemorragia nasal (epistaxe), diarréia e vómitos, esplenomegália, tosse, delírios e estado de torpor, surgindo depois quadros de septicémia, com possível choque séptico mortal. Se não for tratada, a febre tifóide pode complicar-se em hemorragia ou até perfuração intestinal e inflamação da vesícula biliar.
Medidas de prevenção:
Além da vacinação, para evitar o contágio da febre tifóide é necessário tratar a água e os alimentos, controlar o lixo, observar boas condições de higiene. É importante no seguimento de qualquer epidemia identificar os portadores e eliminar as bactérias que transportam com antibióticos.
Por ser uma doença altamente contagiosa, normalmente isola-se o infectado, isolando assim também a doença em locais de prática clínica e de higiene adequada evitando sua proliferação através da água, um dos mais importantes vetores de contágio em todo mundo.
GASTROENTERITES
O que é?
A gastroenterite é uma infecção do estômago e do intestino produzida principalmente por vírus ou bactérias.
Forma de contaminação:
A incidência da gastroenterite é maior nos locais em que não existe tratamento de água, rede de esgoto, água encanada e destino adequado para o lixo. A ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes causa muita variedade de distúrbios gástricos, geralmente associados a fortes diarréias.
Sintomas:
- Diarréia;
- Vômitos;
- Febre;
- Desidratação (principal complicação).
Como evitar?
- Prevenção por meio do saneamento;
- Higiene dos alimentos;
- Combate às moscas;
- Uso de água filtrada ou fervida.
DISENTERIA BACILAR
O que é?
A Disenteria Bacilar é uma infecção causada por uma bactéria do gênero Shiguella e suas espécies.
Como se adquire?
A doença é adquirida através da água e alimentos contaminados, podendo ser adquirida também por meio do contato pessoal.
Sintomas:
Os sintomas da doença são bem variáveis, podendo ser assintomático ou apresentar formas muito grave.
- Febre;
- Diarréia;
- Dor abdominal em forma de cólica;
- Após alguns dias pode apresentar diarréia com sangue e manifestações de toxemia como desidratação, hipotensão, consulsões ...
Como se previne?
- Tratamento da água;
- Destino adequado de lixo;
- Higiene pessoal e alimentar;
- É necessário educação em saúde em locais de uso coletivo como colégios, creches, hospitais, que podem apresentar riscos maiores quando as condições sanitárias não são adequadas. As ocorrências em creches devem ser seguidas de isolamento entérico, além de reforçadas as orientações quanto à manipulação de alimentos. O aleitamento materno confere elevada proteção a esse grupo de crianças.
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